segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A VIDA CONTINUA

 
A vida ela continua
quer no campo ou quer na rua
vestida ou mesmo nua
sob o sol ou sob a lua
sobe o mar ou sobre a terra
quer em paz ou quer em guerra
lá vai a vida vivendo,
lá vai a vida passando,
lá vai poeta escrevendo,
lá vem pássaro cantando!
Pois a vida continua,
continua, continua!...
Depois da tempestade,
depois do terremoto,
depois do amor perdido,
uma coisa eu logo noto,
é que a vida não se acaba,
é que a vida ela prossege,
surpreendendo, ressurgindo
dentre as sinzas como fênix,

como flor, em meio as fendas
do concreto retorcido.
Por isso não vale a pena
dar-se agora por vencido,
trancar-se no seu quarto,
trancar-se dentro de si,
porque a vida ela não para,
com você ou sem você,
ela vai continuar!
Viva, viva, muito viva,
brilhando no anoitecer,
e também, muito mais viva,
quando o dia amanhecer!

Antonio Costta

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

E AGORA JOSÉ?...




UM MOMENTO MUITO ESPECIAL EM MINHA VIDA




DESCOBRI A POESIA
NA TERRA DE ZÉ DA LUZ


O que era, pois, não sabia,
A musa dos escritores,

Dos poetas, cantadores,
Que tanto falar ouvia.
Que o parnaso irradia,
Que inspira, que seduz,
Que tanta beleza induz,
Até quando, certo dia,
Descobri a poesia
Na terra de Zé da Luz!

Que emoção especial

Senti naquela manhã,
Que deslumbro, que afã,
No Colégio Estadual.
Que instante magistral!
Professor Ari produz,
Aos poemas nos conduz,
Com graça, com maestria.
Descobri a poesia
Na terra de Zé da Luz!

Que momento d’esplendor

Naquela sala de aula,
A turma batendo palma,
Vibrando com o professor!
Com os versos do Condor,
Castro Alves, sem capuz,
Escravos sofrendo nus,
Nos versos sem fantasia.
Descobri a poesia
Na terra de Zé da Luz!

Descobri nesse lugar

Os versos que ainda custo
A desgostar, os d’Augusto
Dos Anjos... Que singular!
“Versos Íntimos”, sem par,
Toda ingratidão traduz.
Os vermes, o cuspe, o pus...
Sua verve nos contagia.
Descobri a poesia
Na terra de Zé da Luz!

Lembro-me com alegria

Que foi em Itabaiana,
Nessa terra tão bacana,
De vasta sabedoria,
Que descobri, certo dia,
Essa musa que faz juz
Na “Dona dos dois cuscuz”
Que “minhas venta” acendia.
Descobri a poesia
Na terra de Zé da Luz!

ANTONIO COSTTA.